Com dois
candidatos a prefeito cassados, futuro de Mongaguá (SP) depende do TSE
Ivan Richard e Iolando Lourenço
Da Agência Brasil, em Brasília
Da Agência Brasil, em Brasília
Está nas mãos da Justiça a decisão sobre o futuro prefeito da cidade
paulista de Mongaguá, no litoral sul do Estado de São Paulo. Isso porque dos
três candidatos que concorreram à prefeitura no dia 7 de outubro, dois deles
--os mais votados-- estão com os registros de suas candidaturas sub judice.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há 2.886 processos
que tratam de inelegibilidade de prefeitos, vices e vereadores a serem julgados
pelos sete ministros da corte.
Em busca da reeleição, Paulinho (DEM) foi o mais votado, com 12.039
votos, mas teve o registro cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São
Paulo (TRE-SP), esta semana, por ter feito propaganda de obras e serviços da
prefeitura nos três meses anteriores às eleições, o que é proibido por lei.
Concorrendo respaldado por uma liminar, o Professor Arthur (PSDB)
recebeu 10.574 votos. No entanto, os votos ainda não foram validados porque o
recurso não foi julgado pelo TSE. Já Dr. Pedro (PTB) obteve 5.948 votos.
Com os candidatos mais votados com problemas na Justiça, o futuro de
Mongaguá poderá ser uma nova eleição caso os registros de Paulinho e do
professor Arthur não sejam validados. Isso porque a soma dos votos deles supera
50% mais um do eleitorado, que chega a 40 mil aptos a votar.
Ainda há a possibilidade de que um dos dois seja liberado pela Justiça
e, posteriormente, seja diplomado prefeito. Caso os dois tenham os registros
confirmados, ficará mantido o resultado da eleição e o atual prefeito será
reeleito.
Outras cidades
Assim como em Mongaguá, outras cidades, como Novo Hamburgo (RS) e Cabo
Frio (RJ), dependem da Justiça para saber quem será o prefeito.
Esta semana, a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra
Cármen Lúcia, disse que a Corte deve julgar todos os recursos pendentes sobre
registro de candidaturas até a data da diplomação dos eleitos, no dia 17 de
dezembro. “Pelo número de decisões até agora, não haverá recursos pendentes.
Mas, caso haja, analisaremos as questões pendentes caso a caso”, disse Cármen
Lúcia.
O TSE recebeu, ao todo, 8,3 mil processos relacionados às eleições municipais deste ano, sendo que 7,7 mil são recursos relacionados a registros de candidatura.
O TSE recebeu, ao todo, 8,3 mil processos relacionados às eleições municipais deste ano, sendo que 7,7 mil são recursos relacionados a registros de candidatura.
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