terça-feira, 27 de agosto de 2013

O dia em que parei de mandar minha filha andar logo

Opinião do Blog: Uma das melhores formas de combater a violência e darmos amor aos nossos filhos, atenção, carinho e cuidado dessa forma vamos formar uma geração solidária e que respeita a vida. Você já abraçou, beijou, brincou com seu filho hoje? Pense nisso quando ler uma notícia sobre violência, só respeita a vida quem sabe amar, e só ama quem conhece o amor, quem recebe apenas desprezo, violência e não encontra um abraço não aprende a amar pensem nisso. Vale a pena ler esse texto "O dia em que parei de mandar minha filha andar logo".

 

O dia em que parei de mandar minha filha andar logo


www.portal.aprendiz.uol.com.br                                                                       


 
O texto abaixo foi publicado originalmente em inglês no blog “Hands free mama” e é de autoria de Rachel Macy Stafford, uma professora de educação especial. A tradução para o português foi feita pela equipe do Portal Aprendiz. Clique aqui para ler o texto original no inglês.
 
Quando se está vivendo uma vida distraída, dispersa, cada minuto precisa ser contabilizado. Você sente que precisa estar cumprindo alguma tarefa da lista, olhando para uma tela, ou correndo para o próximo compromisso. E não importa de quantas maneiras você divide o seu tempo e atenção, não importa quantas obrigações você cumpra em modo multi-tarefa, nunca há tempo suficiente em um dia.
Essa foi minha vida por dois anos frenéticos. Meus pensamentos e ações foram controlados por notificações eletrônicas, toques de celular e uma agenda lotada. Cada fibra do meu sargento interior queria cumprir com o tempo de cada atividade marcada na minha agenda super-lotada, mas eu nunca conseguia estar à altura.
Sempre que minha criança fazia com que desviasse da minha agenda principal, eu pensava comigo mesmo: “Nós não temos tempo pra isso.”
Veja bem, seis anos atrás, eu fui abençoada com uma criança tranquila, sem preocupações, do tipo que para para cheirar flores.
Quando eu precisava sair de casa, ela estava levando seu doce tempo pegando uma bolsa e uma coroa brilhante.
Quando eu precisava estar em algum lugar há cinco minutos, ela insistia em colocar o cinto de segurança em seu bichinho de pelúcia.
Quando eu precisava pegar um almoço rápido num fast-food, ela parava para conversar com uma senhora que parecia com sua avó.
Quando eu tinha 30 minutos para caminhar, ela queria que eu parasse o carrinho e acariciasse todos os cachorros em nosso percurso.
Quando eu tinha uma agenda cheia que começava às 6h da manhã, ela me pedia para quebrar os ovos e mexê-los gentilmente.
Minha criança sem preocupações foi um presente para minha personalidade  apressada e tarefeira – mas eu não pude perceber isso. Ó não, quando se vive uma vida dispersa, você tem uma visão em forma de túnel – sempre olhando para o próximo compromisso na agenda. E qualquer coisa que não possa ser ticada na lista é uma perda de tempo.
Sempre que minha criança fazia com que desviasse da minha agenda principal, eu pensava comigo mesmo: “Nós não temos tempo pra isso.” Consequentemente, as duas palavras que eu mais falava para minha pequena amante da vida eram: “anda logo”.
Eu começava minhas frases com isso:
Anda logo, nós vamos nos atrasar.
Eu terminava frases com isso:
Nós vamos perder tudo se você não andar logo.
Eu terminava meu dia com isso.
Anda logo e e escove seus dentes. Anda logo e vai pra cama.
Ainda que as palavras “anda logo” fizessem pouco ou nada para aumentar a velocidade de minha filha, eu as dizia de qualquer maneira. Talvez até mais do que dizia “eu te amo”.
Anda logo!
A verdade machuca, mas a verdade cura… e me aproxima da mãe que quero ser.
Até que em um dia fatídico, as coisas mudaram. Eu havia acabada de pegar minha filha mais velha de sua escola e estávamos saindo do carro. Não indo rápido o suficiente para o seu gosto, minha filha mais velha disse para sua irmã pequena, “você é lenta”. E quando, após isso, ela cruzou seus braços e soltou um suspiro exasperado, eu me vi – e foi uma visão de embrulhar as tripas.
Eu fazia o bullying que empurrava e pressionava e apressava uma pequena criança que simplesmente queria aproveitar a vida.
Meus olhos foram abertos; eu vi com clareza o dano que minha existência apressada estava causando às minhas duas filhas.
Com a voz trêmula, olhei para os olhos da minha filha mais nova e disse: “Me desculpe por ficar fazendo você se apressar, andar logo. Eu amo que você, tome seu tempo e eu quero ser mais como você”.
Ambas me olharam surpresas com a minha dolorosa confissão, mas a face da mais nova sustentava o inequívoco brilho da aceitação e do reconhecimento.
“Eu prometo ser mais paciente daqui em diante”, disse enquanto abraçava minha filha de cabelos encaracolados. Ela estava radiante diante da promessa recém-descoberta de sua mãe.
Foi bem fácil banir o “anda logo” do meu vocabulário. O que não foi tão fácil foi adquirir a paciência para esperar pela minha vagarosa criança. Para nos ajudar a lidar com isso, eu comecei a lhe dar um pouco mais de tempo para se preparar se nós tivéssemos que ir a algum lugar. Algumas vezes, ainda assim, ainda nos atrasávamos. Foram tempos em que eu tive que reafirmar que eu estaria atrasada, nem que se fosse por alguns anos, se tanto, enquanto ela ainda é jovem.
Quando minha filha e eu saíamos para caminhar ou íamos até a loja, eu deixava que ela definisse o ritmo. Toda vez que ela parava para admirar algo, eu afastava os pensamentos de coisas do trabalho e simplesmente a observava as expressões de sua face que nunca havia visto antes. Estudava com o olhar as sardas em sua mão e o jeito que seus olhos se ondulavam e enrugavam quando ela sorria. Eu percebi que as pessoas respondiam quando ela parava para conversar. Eu reparei como ela encontrava insetos interessantes e flores bonitas. Ela é uma observadora, e eu rapidamente aprendi que os observadores do mundo são presentes raros e belos. Foi quando, finalmente, me dei conta de que ela era um presente para minha alma frenética.
Minha promessa de ir mais devagar foi feita há quase três anos e ao mesmo tempo eu comecei minha jornada de abrir mão das distrações diárias e agarrar o que importa na vida. E viver num ritmo mais devagar demanda um esforço concentrado. Minha filha mais nova é meu lembrete vivo do porquê eu preciso continuar tentando. E de fato, outro dia, ela me lembrou de novo.
Nós duas estávamos fazendo um passeio de bicicleta, indo para uma barraquinha de sorvetes enquanto ela estava de férias. Após comprar uma gostosura gelada para minha filha, ela sentou em uma mesa de piquenique e observou deliciada a torre gélida que tinha em suas mãos.
De repente, um olhar de preocupação atravessou seu rosto. “Devo me apressar, mamãe?”
Eu poderia ter chorado. Talvez as cicatrizes de uma vida apressada nunca despareçam completamente, pensei, tristemente.
Enquanto minha filha olhava para mim esperando para saber se ela poderia fazer as coisas em seu ritmo, eu sabia que eu tinha uma escolha. Poderia continuar sentada ali melancolicamente lembrando o número de vezes que eu apressei minha filha através da vida… ou eu poderia celebrar o fato de que hoje estou tentando fazer as coisas de outra forma.
Eu escolhi viver o hoje.
“Você não precisa se apressar. Tome seu tempo”, eu disse gentilmente. Toda sua cara instantaneamente abrilhantou-se e seus ombros relaxaram.
E então ficamos sentadas, lado a lado, falando sobre coisas que crianças de 6 anos que tocam ukelele gostam de falar. Houve momentos em que ficamos em silêncio, sorrindo uma para a outra e admirando os sons e imagens ao nosso redor.
Eu imaginei que ela fosse comer todo o sorvete – mas quando ela chegou na última mordida, ela levantou uma colheirada repleta de cristais de gelo e suco para mim. “Eu guardei a última mordida pra você, mamãe”, disse orgulhosa.
Enquanto aquela delícia gelada matava minha sede, eu percebi que consegui um negócio da China. Eu dei tempo para minha filha e em troca ela me deu sua última mordida de sorvete e me lembrou que as coisas tem um gosto mais doce e o amor vem mais dócil quando você para de correr apressada pela vida.
Seja comendo sorvete, pegando flores, apertando o cinto de bichinhos de pelúcia, quebrando ovos, encontrando conchinhas, observando joaninhas ou andando na calçada.
Nunca mais direi: “Não temos tempo pra isso”, pois é basicamente dizer que não se tem tempo para viver.
Tomar seu tempo, pausar para deleitar-se com as alegrias simples da vida é o único jeito de viver de verdade – acredite em mim, eu aprendi da especialista mundial na arte de viver feliz.
A especialista na arte viver.

Debate sobre os médicos me dá vergonha

Debate sobre os médicos me dá vergonha


                                                                                                             


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O perfil dos médicos cubanos é o seguinte: em geral, eles têm mais de uma década de formados, passaram por missões em outros países, fizeram residência, parte deles ( 20%) cursaram mestrado e 40% obtiveram mais que uma especialização.
Para quem está preocupado com o cidadão e não apenas com a corporação, a pergunta essencial é: essa formação é suficiente?
Aproveito essa pergunta para apontar o que vejo como uma absurda incoerência – uma incoerência pouca conhecida da população – de dirigentes de associações médicas. Um dos dirigentes, aliás, disse publicamente que um médico brasileiro não deveria prestar socorro (veja só) se um paciente for vítima de um médico estrangeiro. Deixa morrer. Bela ética.
Provas têm demonstrado que uma boa parte dos alunos formados nos cursos de medicina no Brasil não está apta a exercer a profissão. Não vou aqui discutir de quem é a culpa, se da escola ou do aluno. Até porque para a eventual vítima tanto faz.
Mesmo sendo reprovados nos testes, os estudantes ganham autorização para trabalhar.
Por que essas mesmas associações, tão furiosas em atacar médicos estrangeiros, não fazem barulho para denunciar alunos comprovadamente despreparados?
A resposta encontra-se na moléstia do corporativismo.
Se os brasileiros querem tanto essas vagas por que não se candidataram?
Será que preferem que o pobre se dane apenas para que um outro médico não possa trabalhar?
Sinceramente, sinto vergonha por médicos que agem colocando a vida de um paciente abaixo de seus interesses.

Gilberto Dimenstein

Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo e comentarista da rádio CBN, é fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz

 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Indignado com a postura do Conselho Regional de Minas Gerais e do Conselho Federal de Medicina


Indignado com a postura do Conselho Regional de Minas Gerais e do Conselho Federal de Medicina

 por Fábio Oliveira Inácio

                Antes de escrever quero deixar claro que admiro muito os profissionais de medicina, tenho médicos maravilhosos na minha família, mas não poderia deixar de expressar minha indignação com relação às declarações do Presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais e a postura do Presidente do Conselho Federal de Medicina.

                Gostaria muito que esse texto chegasse a eles para que possam responder algumas questões que enumero a seguir:


1-      Qual será a postura do Conselho Federal de Medicina com relação aos médicos que bateram o ponto e não trabalharam, conforme reportagem do SBT Brasil (exibidas no dia 26/08/2013) que filmou e flagrou isso?  Médicos que batiam o ponto e iam embora e ganhavam por mais de 100 horas esses “profissionais” serão punidos? Ou o Conselho vai fechar os olhos para essa situação?

2-      A postura do Presidente Regional de Medicina de Minas Gerais de declarar que vai “orientar” os médicos a não socorrem os erros dos cubanos é preconceituosa, burra e mostra a postura de um monstro e não de um médico. Mal sabe esse dito “Doutor” que os resultados educacionais de Cuba são melhores do que o Chile e Brasil (para citar apenas esses países que foram alvo de um estudo de comparação)[i]. Qual será a postura do Presidente Regional ao assistir o SBT Repórter, ou mesmo o Fantástico que vai mostrar médicos que fraudam a previdência emitindo falsos laudos para o auxílio-doença. O Conselho Federal de Medicina tomará alguma atitude contra o Presidente Regional de Medicina de Minas Gerais que propõe omissão de socorro? Ou vai fechar os olhos, porque estão muito preocupados com a chegada dos médicos cubanos?

3-      Os Conselhos se preocupam com médicos que atendem mal, que sequer olham na cara do paciente, que tratam pessoas pobres com arrogância e desprezo? O que os conselhos tem feito para punir os maus profissionais?

4-      Os conselhos tem se manifestado de forma veemente contra o Programa “Mais Médicos”, no entanto, não observei essa mesma veemência contra os casos de pedofilia que envolvem médicos, fatos comprovados e com gravações em vídeo de abusos de crianças, qual foi a ação dos Conselhos com relação a esses médicos?

5-      Ao invés de se preocupar em criticar medidas que procuram disponibilizar médicos onde não existem, os Conselhos deveriam prestar contas para a sociedade das inúmeras denúncias que foram feitas contra maus médicos e quais ações foram tomadas.

 

Vamos exaltar os excelentes profissionais da medicina brasileira, unir aos médicos estrangeiros que vem através do Programa “Mais Médicos” e lutar para melhorar a saúde brasileira, os Conselhos de Medicina tem um papel importante nisso.

 

Espero que os Conselhos pensem na população mais carente que sofre com a falta de médicos, é preciso se preocupar em humanizar o atendimento, muitas vezes às pessoas são mal atendidas por maus profissionais que desprezam e humilham a população, espero, sinceramente, pelo bem do Brasil, que estes senhores revejam suas posições.  



[i] Carnoy, Martin. A vantagem acadêmica de Cuba: por que seus alunos vão melhor na escola/ Martin  Carnoy com Amber K. Gove e Jeffery H. Marshall. – São Paulo: Ediouro, 2009.

Oportunidade para jovens do Camp e também ex-patrulheiros.

Jovens do Camp ou já desligados têm até esta terça feira, 27, para inscrever-se na Unimonte

Parceria entre Prefeitura, Petrocoque e a Universidade garantirá aos primeiros colocados  bolsas de 50% em cursos tecnológicos

Aprendizes ou ex-aprendizes do Centro de Aprendizagem Metódica e Prática Mário dos Santos, (Camp) de Cubatão, com idades entre 17 e 21 anos de idade, terão até esta terça-feira, 27 de agosto, para efeturem sua inscrição no processo seletivo da Unimonte para um dos oito cursos de graduação tecnológica (de dois anos de duração). A Petrocoque concederá 10 bolsas de 50% de desconto. Trata-se de parceria entre essa indústria, a Universidade e a Prefeitura. As inscrições serão recebidas das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30 no setor de comunicação do Camp de Cubatão.

O processo seletivo será no próximo dia 29, sexta-feira, na Rua Comendador Martins, 52, Vila Mathias, em Santos. Os aprovados deverão fazer matrícula em 30 de agosto. A Universidade preparou uma prova especial para jovens do Camp.
Além da faixa etária, os requisitos para as inscrições são: ensino médio concluído; residência em Cubatão; desligamento do Camp por maioridade, meios para custear a faculdade em 50%. O interessado não deve estar matriculado em outro curso superior ou já tê-lo concluído. São os cursos oferecidos por intermédio da parceria: Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Comércio Exterior; Estética e Cosmética; Gestão Ambiental; Gestão de Recursos Humanos; Gestão Portuária; Logística; e Processos Gerenciais.

Mais informações podem ser obtidas diretamente com o Camp de Cubatão pelo telefone (13) 3361-1285 ou no site da instituição (www.campcubatao.org.br).

A parceria foi firmada em julho, com a presença do diretor da Petrocoque, Augusto César Fernandes de Carvalho, que na oportunidade, afirmou estar a Petrocoque comprometida em trabalhar em benefício da comunidade. Na ocasião, o presidente do Camp de Cubatão, Luiz Carlos Mendonça Correia, se disse muito satisfeito em ver os aprendizes do Camp de Cubatão ingressarem numa Universidade. Já o vioce-prefeito, Donizete Tavares, ao representar a prefeita Marcia Rosa, enalteceu a parceria, agradeceu o apoio, e lembrou a necessidade de outras parcerias na direção de oportunidades de educação para os jovens aprendizes.

Texto: Maria Cecilia de Souza Rodrigues. MTb 16.561. Com informações de Christiane Castanheira.
20130826 - CAMP - Parceria Petrocoque, Prefeitura e Unimonte - CR
Prefeitura Municipal de Cubatão
Secretaria de Comunicação
Secretaria de Educação, Secretaria Municipal de Governo

domingo, 25 de agosto de 2013

Decisão judicial suspende sorteio do Litoral Cap neste domingo.

Decisão judicial suspende sorteio do Litoral Cap neste domingo


De A Tribuna On-line

O sorteio deste domingo do título de capitalização Litoral Cap foi suspenso conforme decisão da 2º Vara Federal de Santos. O comunicado foi publicado no site da empresa, que pretende adotar as medidas judiciais cabíveis para "restabelecimento do produto, em respeito aos consumidores".

Aqueles que compraram a edição nº 160 do título podem solicitar a devolução do valor pago diretamente no ponto de venda onde o mesmo foi adquirido, em horário comercial.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Interessante reflexão de Pilar Lacerda ex-secretária de Educação Básica do MEC

Pilar Lacerda: “A educação das crianças hoje não pode ser a mesma que foi dada a seus avós”

do portal www.aprendiz.org.br
                                                                                                             


 
Diferentemente da educação do passado, a escola contemporânea precisa articular diversos espaços para garantir a aprendizagem de seus alunos. Além de expandir o potencial criativo de crianças e jovens e criar laços com as famílias, as instituições de ensino do século 21 têm a tarefa de abrir suas portas e estabelecer parcerias e vínculos com as comunidades onde estão inseridas. Ou seja, a criança que entra na escola hoje não pode encontrar a mesma estrutura pedagógica de quando estudaram seus avós.
Esses são os desafios que Maria do Pilar Lacerda, diretora da Fundação SM e ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), cargo que exerceu entre 2007 e 2012, enxerga para o futuro da educação brasileira. Pilar participou da formulação do programa Escola Integrada, para o ensino fundamental de Belo Horizonte, que desde 2006 estende as oportunidades de aprendizagem para além da sala de aula, apropriando-se dos equipamentos urbanos disponíveis e aproveitando o potencial educativo existente no entorno das escolas.
 
 
Pilar afirma que, durante a formulação do programa, foram necessárias conversas com diferentes setores da sociedade para estabelecer quais eram os consensos em torno da proposta. Em diálogo com outras secretarias, decidiu-se pela ampliação do tempo na escola, a criação de um professor comunitário e aproximação de empresas de transporte e obras com a escola. “Também havia dissensos, que eram sobre a participação de estagiários e de agentes comunitários. Havia resistência do sindicato dos professores, que era contrário a ter outros profissionais que não fossem docentes. Isso foi resolvido com muito diálogo”, declara Pilar.
Em entrevista ao Portal Aprendiz, Pilar falou sobre a importância de termos uma educação integral – que vá além do aumento da jornada escolar. “O que nos inspira e provoca mais debates é pensar em uma educação integral mais contemporânea, com cheiro de século 21, que articule diversos espaços possíveis para efetuar a aprendizagem.”
 
Portal Aprendiz – Qual a importância de defender a
agenda da educação integral num país como o Brasil?
 
Maria do Pilar Lacerda – Essa agenda é necessária pelo direito das crianças e dos jovens por uma educação integral, não no sentido de tempo integral, mas de todas as possibilidades e potenciais que essas crianças têm para serem desenvolvidos.
A jornada escolar no Brasil é muito pequena, quatro horas diárias que se tornam duas horas e meia, e os estudantes têm menos oportunidades de aprendizagem. Porém, aumentar a jornada escolar não significa aumentar o tempo de permanência dentro da sala de aula. Quando debatemos a educação integral e ampliamos essa discussão, estamos pensando numa escola mais contemporânea, que dialogue mais com seu entorno, que enxergue o território onde está inserida e saiba se relacionar com ele.
Quando pensamos na universalização do acesso [à educação], temos que pensar também em que tipo de escola a gente quer oferecer.
 
Aprendiz – Em que ponto está o debate em torno da concepção de educação integral no Brasil? Onde chegamos e o que ainda falta construir?
 
Pilar – Primeiramente, há uma concepção clássica que é a escola em tempo integral, que seria como duplicar a escola que temos hoje, somente aumentando o tempo de permanência do aluno dentro dela. Contudo, o que nos inspira e provoca mais debates é pensar em uma educação integral mais contemporânea, com cheiro de século 21, que articule diversos espaços possíveis para efetuar a aprendizagem.
Quando a gente fala da educação integral para essas crianças e jovens, pensamos numa organização de tempos e espaços diferentes, na expansão do potencial criativo que essas crianças e jovens têm. Educação integral não significa reproduzir a educação tradicional que nós temos hoje, mas produzir algo diferente, inovador, no sentido de dialogar com a cidade.
As crianças têm o direito de aprender, mas não têm a obrigação de ter a mesma educação que foi dada a seus avós.



Maria do Pilar Lacerda foi secretária da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) entre 2007 e 2012
 
Aprendiz – Qual a importância do acompanhamento e apoio direto às escolas na implementação do programa de educação integral?
 
Pilar – Antes de tudo, não acredito num modelo único de educação integral – mesmo que seja o modelo dos meus sonhos. Você constrói a ideia teórica e as escolas, junto aos profissionais, a partir da sua cultura, da sua história, vão construir seus projetos pedagógicos. Primeiramente, é preciso ser feito um acompanhamento de como essas escolas formarão seus professores. Mas a intenção não é de chegar com o projeto pronto, e sim perguntar à escola qual formação precisam os seus docentes.
 
Aprendiz – Qual o papel do monitoramento e avaliação das escolas na educação integral?  Como mensurar o impacto de programas de educação integral?
 
Pilar – Primeiro, com dois dados muito claros: absenteísmo de professores e alunos. Escolas com projetos pedagógicos consistentes têm um índice de falta muito pequeno. É uma coisa que pode ser imediatamente medida. Segundo, pela transformação e aprendizagem das crianças. Essa não é uma medida que se faça só pontualmente, as avaliações externas ajudam mas são muito baseadas em portfólio. A avaliação precisa acompanhar a criança no seu dia a dia, ser processual e comparar a criança com ela mesma.
Mas sem dúvida a gente tem que utilizar as avaliações externas. Elas têm um balizamento interessante em relação ao português, matemática e índices de evasão. Eu recomendo fortemente que haja uma junção entre elas – no sentido de trançar a avaliação da escola com índices e avaliações externas, que sejam apropriados pela escola. Não adianta você ter avaliação externa se a escola não acompanha, não entende e não reflete sobre ela.
 
Aprendiz – Qual o papel do gestor na articulação de programas de Educação Integral?
 
Pilar – O gestor deve conhecer profundamente a comunidade onde a escola está inserida. Ele tem que estudar a respeito e precisa ter uma base teórica muito consistente. Ele também tem que ser uma liderança para professores, alunos e comunidade escolar.
Em relação ao gestor do sistema – municipal ou estadual – ele precisa ter sensibilidade para saber que as demandas concretas são diferentes quando se fala de educação integral. Eu lembro que quando era secretária de Belo Horizonte, as escolas pediam câmeras fotográficas, sacolas pras crianças carregarem tintas, papéis de desenho, colete para elas serem identificadas na rua. É um tipo de material que a gente não tinha o costume de comprar, passamos a lidar com um pedido diferente – e é muito importante que a escola seja respeitada.
Não significa que nós vamos sair comprando tudo o que a escola pedir, mas significa que a gente deve escutar a escola com mais sensibilidade nessa hora. E que a escola tenha também autonomia financeira. Ela não pode trocar 40 ofícios com a Secretaria de Educação para contratar um ônibus que leve as crianças ao museu. Se ela tem recurso próprio, faz isso com mais agilidade. Pode também comprar uma sessão de cinema com preço diferenciado, providenciar material para pintura dos muros da escola. É fundamental que a escola tenha autonomia financeira para financiar a execução desse projeto pedagógico.
 
Aprendiz – Como formar educadores na perspectiva da Educação Integral? Existem programas específicos nesse sentido?
 
Pilar – Estão começando a surgir, e alguns são muito interessantes. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu um programa nesse sentido para a prefeitura, algumas fundações começam a desenvolver e as universidades abriram esse debate.
Eu repito, não estamos falando da escola em tempo integral, mas sim de uma educação integral que pressupõe muito mais trabalho, mais investimento e soluções muito diferentes daquelas clássicas.
Uma figura fundamental nesses projetos é o professor comunitário. Ele identifica os espaços, conhece as pessoas que se envolvem em projetos diferentes, interessantes e alternativos. Ou seja, ele tem que identificar, escrever e contatar a comunidade para apresentar o projeto da escola e prepará-la para uma escola que sairá do seu muro. Pode parecer fácil, mas é dificílimo.
 
Aula sobre meio ambiente na praça Floriano Peixoto, em Belo Horizonte. Escola Municipal Maria das Neves faz parte do programa Educação Integrada.
 
Aprendiz – Como articular a implantação da educação integral entre diferentes setores da sociedade, como saúde e cultura?
 
Pilar – Esse projeto de educação integral é interdisciplinar e intersetorial. As experiências que eu tenho visto são boas quando não é a Secretaria de Educação ou de Planejamento que coordenam – que consigam colocar todo mundo em volta de uma mesa para apresentar o projeto. Quando é uma cidade grande, precisa designar os responsáveis de transporte, saúde e cultura que participará desse grupo, que vai ter demandas muito diferenciadas.
Por exemplo, a escola na qual os alunos têm que atravessar duas ruas para chegar ao parque do bairro. Ela tem que pintar a faixa de pedestre, mudar o ponto de ônibus. Isso é feito em uma conversa da diretora com o responsável pelo setor de transportes.
Não é uma coisa que seja espontânea – isso eu aprendi fazendo. É um projeto muito flexível, mas não significa que ele pode ser improvisado. Ele tem que ter seus objetivos, tem que mostrar o que as crianças vão aprender e desenvolver em cada uma das atividades.
Algumas pessoas não gostam quando eu falo isso, mas educação integral não é um passeio em tempo integral. Ela tem muito a ver com a formação e o conhecimento, e isso tem que estar explícito no projeto.
 
Aprendiz – Como a senhora avalia os programas de educação integral já existentes no Brasil? Quais são seus principais resultados?
 
Pilar – Eu gosto, porque eles apontam caminhos novos. O Mais Educação, do governo federal, absorveu muitas experiências locais e tem tentado fazer isso em nível nacional.
Acho clássico e conservador a escola em tempo integral que apenas dobra o número de aulas – ao invés de quatro aulas diárias, ela tem oito. Mas em alguns lugares elas acontecem e têm resultados interessantes. Temos que ter o espírito curioso e pesquisador para conhecer essas experiências e entender que a gente não pode ter um só modelo. E ao fazer nossa opção, ela tem que ser implementada com muita seriedade.
 
Aprendiz – Como realizar um mapeamento dos estudantes que aproxime a comunidade e a família ao dia a dia das escolas?
 
Pilar – A escola tem que ter as portas abertas. Deixar os pais esperando uma hora no portão para conversar com as diretoras já gera um distanciamento. A escola é pública, é da comunidade. Há uma escola no Rio de Janeiro que, nos primeiros dias de aula, os pais são apresentados para a escola: percorrem seu espaço, conhecem as salas de aula de seus filhos, o lugar da merenda, a sala dos professores – todos os docentes se apresentam. No dia seguinte o aluno leva retratos da sua casa, da sua história de vida, com quem eles moram. Isso cria vínculos.
E criar esse vínculo também tem um impacto grande na confiança que a família e a escola estabelecem entre si. Isso acaba com aquele jogo de culpa, e você tem uma condição mais apropriada para formar e educar aquela criança.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cubatão tem os melhores resultados de Matemática da região.

Cubatão tem a melhor educação pública da região.

            
            A cidade de Cubatão apresentou os melhores resultados da região na Matemática, no entanto temos um longo caminho a percorrer para que possamos atingir a meta estabelecida pelo movimento Todos Pela Educação. No ano de 2014 teremos a formação do PNAIC em Matemática que vai contribuir para melhorarmos o resultado.

                Abaixo a tabela com os resultados do município e depois uma tabela com os resultados conjuntos da rede estadual e municipal. Como podemos perceber o desempenho do município é superior ao do Estado, isso significa a necessidade de aumentar os investimentos do Governo Estadual na capacitação em Matemática, apesar do mesmo partido ocupar o governo do Estado há mais de 20 anos, os resultados não tem aparecido isso se deve a descontinuidade de políticas públicas. Vamos torcer para que o atual Secretário de Educação Estadual consiga reverter esse quadro pelo bem dos nossos alunos e da educação.

                Parabéns a todos educadores de Cubatão pelo resultado, vamos continuar avançando mostrando que Cubatão tem a melhor educação pública da Baixada Santista.

Resultado da Prova Brasil 2011 – Rede Municipal – Nono ano

Cubatão (Rede Municipal)
2%
18%
60%
20%
20%
Santos (Rede Municipal)
2%
16%
61%
21%
18%
Praia Grande (Rede Municipal)
2%
16%
63%
19%
18%
Itanhaém (Rede Municipal)
1%
11%
54%
34%
12%
Mongaguá (Rede Municipal) dado de 2007
1%
7%
54%
38%
8%
São Vicente (Rede Municipal)
0%
8
54
38
8%
Guarujá (Rede Municipal)
0%
7%
56%
37%
7%
Peruíbe (Rede Municipal)
0%
6%
61%
33%
6%
Bertioga (Rede Municipal)
Toda rede de nono ano é estadual
 
 
 
 

 
 
 
Resultado da Prova Brasil de 2011 – Nono ano- Rede Estadual
Cidade
Avançado (além da expectativa)
Proficiente
Básico
Insuficiente
Total de alunos que atingiram a meta
Cubatão (Rede Estadual)
0%
6%
59%
35%
6%
Santos (Rede Estadual)
1%
10%
59%
30%
11%
São Vicente (Rede Estadual)
0%
7%
55%
38%
7%
Praia Grande (Rede Estadual)
0%
9%
57%
34%
9%
Peruíbe (Rede Estadual)
2%
8%
50%
40%
10%
Itanhaém (Rede Estadual)
1%
11%
56%
32%
12%
Mongaguá (Rede Estadual) dado de 2009
1%
8%
47%
44%
9%
Guarujá (Rede Estadual)
1%
7%
55%
37%
8%
Bertioga (Rede Estadual)
0%
5%
58%
37%
5%
 
 
 
 
Resultado da Prova Brasil 2011 – Rede Municipal e Estadual – Nono ano
Cidade
Avançado (além da expectativa)
Proficiente
Básico
Insuficiente
Total de alunos que atingiram a meta
Cubatão (Rede Estadual + Municipal)
1%
14%
60%
25%
15%
Santos (Rede Estadual + Municipal)
1%
12%
60%
27%
13%
Praia Grande (Rede Municipal+Estadual)
1%
12%
60%
27%
13%
Itanhaém (Rede Municipal+Estadual)
1%
11%
54%
34%
12%
Peruíbe (Rede Municipal + Rede Estadual)
1%
8%
51%
40%
9%
Mongaguá (Rede Municipal+Estadual
1%
7%
54%
38%
8%
Guarujá (Rede Estadual e Municipal)
0%
7%
56%
37%
7%
São Vicente (Rede Estadual + Municipal)
0%
7%
55%
38%
7%
Bertioga (Rede Estadual+Municipal)
0%
5%
58%
37%
5%