sexta-feira, 21 de junho de 2013

Quem não gosta de partido é ditadura.

Interessante reflexão do Jornalista Mário Magalhães quem quiser conferir o blog é http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2013/06/21/quem-nao-gosta-de-partido-e-ditadura-hora-de-escolher-ou-dar-as-maos-aos-skinheads-neonazistas-ou-abracar-a-tolerancia-e-a-democracia/  tem excelentes imagens das ditaduras de Vargas e as de 1964 que repudiavam os partidos políticos.

Quem não gosta de partido é ditadura. Hora de escolher: ou dar as mãos aos skinheads neonazistas ou abraçar a tolerância e a democracia


Mário Magalhães nasceu no Rio em 1964. Formou-se em jornalismo na UFRJ. Trabalhou nos jornais “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo”, “O Globo” e “Tribuna da Imprensa”. Recebeu mais de 20 prêmios. É autor da biografia “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”.


Como observado segunda-feira na passeata dos mais de 100 mil, os protestos populares em curso constituem terreno de ferrenha disputa política entre os próprios manifestantes . O confronto degringolou ontem, na despedida do outono. No país inteiro, militantes portando bandeiras, estandartes e símbolos de partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis e movimentos sociais foram escorraçados por uma turba intolerante.

Em São Paulo, os principais executores dessa modalidade de repressão política foram os skinheads, os “carecas” neonazistas. Botaram para correr quem vestia camisa vermelha, rasgaram bandeiras de agremiações e arrancaram faixa do movimento negro. São racistas e homofóbicos. No Rio, essa turma agride, fere e mata gays.

Na Noite dos Cristais, em 9 de novembro de 1938, a escória nazista atacou os judeus por toda a Alemanha, insuflada por Adolf Hitler. No dia 20 de junho de 2013, foi a vez de ativistas de esquerda serem o alvo, no Brasil.

Não está em debate o mérito do partido X ou Y, no governo ou na oposição, menos ou mais comportado. Nem se um sindicato representa dignamente ou não seus filiados. Ou mesmo se os imensos protestos resultam de força ou fraqueza de uma ou outra sigla _as opiniões são legítimas sobre todas essas questões. O que se discute é o direito democrático de seus integrantes participarem das manifestações.

Desde os primeiros atos do Movimento Passe Livre, duas semanas atrás, os partidos tiveram direito de estar presente. No Rio, foi assim há quatro dias. Se outros chegaram ontem, é também seu direito, porque inexiste veto dos organizadores dos protestos, onde se sabe quem são eles.

Como se disseminou um robusto sentimento antipartidos, sobretudo na classe média, os neonazistas capitalizam frustrações e comandam os ataques. É legítimo rejeitar siglas, tomar distância delas e derrotá-las nas urnas. Impedir sua expressão é mania de ditaduras.  Além de ser irônico que determinadas agremiações, cuja militância foi decisiva na construção do movimento contra o reajuste das tarifas, sejam agora reprimidas.

Não deixa de ser curioso: quem protesta contra algumas covardias policiais agride covardemente quem não concorda com suas ideias. A faixa “Meu partido é meu país” é tão legítima como a do partidinho mais mequetrefe. Todos têm direito de se manifestar.

Em 1935, o presidente Getulio Vargas colocou na ilegalidade uma frente de esquerda, a Aliança Nacional Libertadora. Com o golpe de 37, instaurando a ditadura do Estado Novo, baniu o centro, a direita e a extrema direita. Em 47, a Justiça cassou o registro do PCB, e no ano seguinte seus parlamentares, eleitos pelo voto popular, tiveram os mandatos cassados.

A ditadura implantada em 1964 aboliu os partidos do regime democrático restabelecido em 1945-46, inclusive aqueles, como UDN e PSD, que colaboraram para a deposição do presidente constitucional João Goulart, cuja base tinha entre outros o PTB e o PSB.

Durante aquele tempo de trevas, a ditadura descaracterizou o Congresso, impondo cerca de uma centena de cassações de deputados e senadores do MDB. Triturou a Frente Ampla de Jango, Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek.

As ditaduras, do Estado Novo à de 1964-85, mataram militantes que batalhavam pelo direito de existência e expressão de partidos. Eles são mártires da democracia e do país.

A União Nacional dos Estudantes, outro alvo da malta, teve um presidente, Honestino Guimarães, assassinado pela ditadura. A ditadura que matou e sumiu com o corpo do líder estudantil, em 1973, impedia a livre organização partidária. Trucidava quem queria se organizar.

Essa mesma ditadura sofreu uma derrota dura com a formação da CUT, em 1983. As outras centrais sindicais são igualmente legais e legítimas, simpatizemos ou não com elas. Em 1979, o operário Santo Dias foi assassinado com um tiro da polícia. É a memória de gente como ele que é insultada quando fascistoides proíbem os sindicalistas de se manifestar. Como no Rio, rasgando seus panfletos.

É impressionante que certos analistas políticos vibrem com a pancadaria contra bandeiras partidárias, mas não apresentem uma só restrição às ações neonazistas. Impressiona, mas não surpreende: eles apoiaram a ditadura, a intolerância está em seu DNA.

Condenável é partido aparelhar movimentos e protestos, impondo sua agenda particular às reivindicações coletivas. Isso é partidarismo. Mas a presença de agremiações políticas é uma tradição democrática, e muito o Brasil deve a elas. Esqueceram que na Campanha das Diretas (1984) e no Fora, Collor (92) as bandeiras tremulavam nos comícios? Nos palanques, uniam-se dirigentes de partidos para todos os gostos e muita gente que não ia com a cara deles, mas estava unida para melhorar o Brasil.

Os que aplaudem a massa reprimindo militantes, tendo na “vanguarda” neonazistas, têm partido, sim: o Partido da Intolerância, o Partido do Ódio. Já vimos esse filme.

Os provocadores que espalham a baderna, fração ultraminoritária das manifestações, não são os militantes partidários, mas os skinheads, alguns ditos punks e outros ditos anarquistas, que de anarquistas nada têm. Os militantes partidários não promoveram vandalismo, mas foram alvo deles _tomar, rasgar e queimar bandeira é ato de vândalo.

Os protestos em curso, que arrancaram bravamente a redução das tarifas dos transportes públicos, exibem algumas características novas. Uma delas é que reúnem no mesmo evento quem, em 1964, participaria da Marcha da Família, de direita, e em 1968, da passeata dos 100 Mil, dirigida pela esquerda, contra a ditadura. Daí que o ódio dos neonazistas encontre ressonância.

Quem não tem legitimidade para participar dos atos são essas facções que ontem agrediram os militantes políticos, sindicais, estudantis e sociais. São os herdeiros da Ação Integralista Brasileira, a tradução tupiniquim para o nazismo de Hitler e o fascismo de Mussolini, na década de 1930.

É legítimo amar e odiar os agredidos de ontem. Nada mais natural do que achar que um e outro são oportunistas _o que não falta no mundo é oportunista. Mas quem não gosta de partido é ditadura.

 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Circuito Sesc de Artes é neste domingo (9) em Cubatão

 
04/06/2013

Circuito Sesc de Artes é neste domingo (9) em Cubatão

Programação contará com música, circo, cinema, tudo de graça, das 15h às 20h.

Cubatão foi escolhida este ano para integrar o Circuito Sesc de Artes, um roteiro cultural que percorre todo o Estado com atrações musicais, de circo, de dança e cinema, tudo de graça. Em Cubatão, a programação será dia 9/6, das 15h às 20h, no Novo Anilinas (Av. Nove de Abril, s/nº).

Na cidade, o roteiro inclui apresentação de música, circo, intervenções e sessões de cinema. Às 15h tem intervenção interativa da Cia Mariana Piza com a peça "Formas-me". Logo depois, às 15h30, a Comunidade Samba da Vela, da capital, interpreta vários sucessos. Às 16h30 haverá arte circense com Cia Josefina Gardey, da Argentina, e o espetáculo "Muruya: Tangos, Cachos e Corda Bamba". A Cia Mariana Piza retorna ás 17h30 com a intervenção "Cora-me". Já a peça teatral "A cidade das Donzelas", com a companhia carioca Troupp Pas D'Argent será apresentada às 18h; e às 19h, tem exibição gratuita do filme "O Palhaço, com Selton Melo, no Cinema.

O Circuito Sesc de Artes 2013 irá percorrer 102 cidades do interior, litoral e Grande São Paulo com uma programação cultural diversificada e itinerante, reunindo mais de 340 artistas nacionais e internacionais. Serão 63 atrações.
Para Danilo Santos de Miranda, Diretor Regional do Sesc São Paulo, "o Circuito Sesc de Artes é uma iniciativa que contribui para a difusão e democratização da cultura no Estado". E Danilo afirma que "a fórmula deu tão certo que, devido ao sucesso das edições anteriores, em 2013 o Circuito alcança mais cidades, com mais roteiros de programação, levando arte, cultura a espaços públicos, proporcionando às pessoas o contato com as diferentes vertentes da produção artística", destaca.

Este é um projeto de circulação desenvolvido prioritariamente em municípios onde o Sesc não está instalado com suas unidades operacionais. Toda a programação ocorre em espaços públicos, em parceria com as prefeituras e sindicatos do comércio local e com entrada gratuita. O objetivo é democratizar o acesso aos bens culturais, promover a circulação de trabalhos artísticos de qualidade nas diferentes linguagens e a formação de plateias. Para mais informações, confira a programação completa do Circuito Sesc de Artes 2013 e serviços, acesse o hotsite: www.sescsp.org.br/circuito .

Mais sobre o artistas que estarão em Cubatão:

15h - Formas-Me - Mariana Piza (SP) - É uma performance interativa, na qual a artista, vestida com um macacão de peças de Lego, estará em exposição em uma cadeira de tubos de PVC, enquanto duas performers convidam o público a participar da obra, encaixando peças no macacão. Todo o processo de construção é gravado em vídeo. Performers: Mariana Piza, Nina Blauth e Danielle Farnezi.

15h30 - Samba da Vela (SP) - A Comunidade Samba da Vela, de São Paulo, foi fundada em 2000 pelos sambistas Magnu Sousá, Maurílio de Oliveira, Paquera e Chapinha para mostrar sambas de novos compositores. Velas nas cores rosa, azul e branco marcam o tempo do espetáculo e também um calendário de quatro meses, criado pela comunidade para apresentação, aprendizado e premiação das novas composições, que já renderam dois CDs: A Comunidade do Samba da Vela (2004) e A Comunidade Samba da Vela - Revelando Novos Compositores (2012). Beth Carvalho, Jair Rodrigues, Alcione, Quinteto em Branco e Preto e Fabiana Cozza são apenas alguns nomes da MPB que gravaram composições reveladas na comunidade. Convidados: Walmir Tibiriçá (Guarujá), Ederson dos Santos (Praia Grande), Jorge Sargento (Cubatão), Dhonny Cunha (Jacareí), Marcinho Moreira (Santa Branca), Glauce Renata (Igaratá), Luara Oliveira (Lorena), Alexandre Montija (Pindamonhangaba), Dodo Oliveira (Tremembé).

16h30 - Circo - Muruya: Tangos, Cachos e Corda Bamba - Josefina Gardey (ARG) - Muruya é uma dançarina desastrada, que sonha em aprender os passos do tango. Mas sua falta de jeito não permite que ela use sapatos de salto alto ou roupas elegantes. Espetáculo de humor e equilíbrio, em que a personagem varia da sanidade à loucura, num jogo de magia circense quase sem palavras. Muruya é vivida pela artista circense argentina Josefina Gardey, presença constante nos principais festivais de circo de rua em todo o mundo (Espanha, Itália, França, Nepal, Uruguai, Costa Rica, Guatemala). Pertence à ONG Hazmereir, que organiza anualmente o festival internacional de circo de rua de Mar del Plata. Integra o elenco do Circo Rambo (Índia).

17h30 - Cora-Me - Mariana Piza (SP) - Em Cora-Me, a artista, vestida com um macacão com LEDs acoplados e munida de um estetoscópio eletrônico, pede às pessoas para ouvir o coração delas. O som é reproduzido através de caixas de som e todos os que assistem à intervenção podem ouvir. Ao mesmo tempo, as luzes da roupa da artista piscam de acordo com o ritmo cardíaco. Mariana Piza é atriz e artista plástica.

18h - Teatro - A Cidade das Donzelas - Troupp Pas D'Argent (RJ) - Espetáculo da companhia carioca conta a história de Carolino, viajante que em 1945 chega à Cidade das Donzelas, lugarejo onde só vivem mulheres feias e traumatizadas, que matam todos os visitantes - homens e mulheres bonitas. Carolino tenta desvendar o mistério da cidade, em situações de muito humor. O texto, simples e coloquial, retrata os costumes nordestinos e remete à literatura de cordel. Na trilha sonora, maracatu, repente, frevo, bumba meu boi, baião e quadrilha. A Troupp Pas D'Argent foi criada há seis anos. Foi premiada em festivais nacionais e recebeu o Prêmio Europeu Compasso di Latta, na Itália, de melhor espetáculo internacional de 2010.

19h - Cinema - O Palhaço (BRA) - Valdemar e Benjamin, pai e filho, formam, no Circo Esperança, a dupla de palhaços Pangaré & Puro Sangue, que faz a alegria da plateia. Mas Benjamin, em crise existencial, pensa em abandonar o pai, o circo e todos os amigos que compõem a trupe: Lola, a mulher que cospe fogo, os irmãos Lorotta e Dona Zaira. Todos lamentam, mas compreendem a necessidade de Benjamin de ter um lugar para morar e um CPF para comprovar sua identidade. O filme é a segunda experiência de Selton Mello na direção (ele também dá vida a Benjamin) e fez parte da lista inicial (pré-candidatos) de filmes concorrentes ao Oscar de filme estrangeiro de 2012.

Texto: Morgana Monteiro e Assessoria de Imprensa do Circuito Sesc de Artes
Fotos: Divulgação

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Secom
                  
Secretaria de Cultura

Cubatão ganha centro de triagem de animais silvestres no Parque Cotia Pará

Cubatão ganha centro de triagem de animais silvestres no Parque Cotia Pará

Unimonte firma parceria para criar centro de pesquisa

A Prefeitura de Cubatão firma nesta quarta-feira (5), parceria com o Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte) para a implantação de um centro de pesquisa e gestão ambiental no Parque Ecológico Cotia-Pará. A solenidade de cessão provisória da área anteriormente ocupada pela ecoterapia ocorre às 14 horas, no Gabinete, com a participação da prefeita Marcia Rosa; do reitor da universidade, Osires Silva; e do vice-reitor, Adalto Correa de Souza Junior. O evento faz parte da programação da V Semana do Meio Ambiente de Cubatão.

Segundo o assessor de Planejamento Governamental, Adalberto Ferreira da Silva, a universidade investirá R$ 500 mil na adequação do local para a implantação do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), o qual deve se tornar referência para a Região Metropolitana da Baixada Santista. O local oferecerá abrigo apropriado a animais selvagens vítimas de tráfico e de acidentes, ou apreendidos em ações da polícia ambiental. Após receberem tratamento, os bichos devem ser reconduzidos ao seu habitat.

Adalberto Silva informou que a universidade oferecerá ainda cursos de qualificação para jovens, com certificação. Serão cem vagas por ano. Eles poderão atuar como monitores de turismo ou auxiliares em programas de saúde, dentre outras funções.

Na concretização do projeto, a Unimonte conta com o apoio da Universidade de São Paulo (USP). O professor Luiz de Sá-Rocha, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, destacou que o centro tem como base a conservação, a ciência, a inovação e o empreendedorismo. "Além de promover atividade científica e cuidar de animais ameaçados de extinção, atuará como uma incubadora de ideias".

A secretária de Meio Ambiente, Ana Maria Rodrigues de Oliveira, garantiu que o projeto não avança sobre áreas de conservação permanente do parque. "A Prefeitura deve ter uma atuação diversificada em relação ao Meio Ambiente. Portanto, temos de desenvolver ações não apenas de controle e combate à poluição, mas também no sentido de preservar e proteger nossa fauna e flora".


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Melchior de Castro Junior
Mtb 15.702
Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Governo

Forte abalo assusta moradores da Baixada Santista

Um forte abalo causou um enorme susto nos moradores da Baixada Santista informações não confirmadas falam de um problema na pedreira da Piaçaguera, confira a notícia da Tribuna On line.

Estrondo

Forte abalo assusta moradores da Baixada Santista


De A Tribuna On-line

Um forte estrondo foi percebido em cidades da Baixada Santista por volta das 17h45 nesta terça-feira.

Em vários locais, internautas sentiram vidros de janelas trepidarem. Moradores relataram que o tremor foi sentido em Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão.

Em Santos, há relatos de pessoas do Saboó, do Centro, Vila Mathias e no Chico de Paula, na Zona Noroeste.

O forte abalo está sendo investigado pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, que recebem várias ligações de moradores querendo saber o que aconteceu.

"As janelas estrondaram. Parecia uma explosão longe. Estou em Guarujá", relatou Aline Furtado.

"Meu cachorro correu para baixo da cama", disse a internauta Ana Lúcia Ventura Masullo.

"Aqui em Cubatão também ouvimos. As janelas tremeram muito forte. Edivalta Souza

"Aqui em Praia Grande também tremeu muito a janela", relatou Fabricio Sousa.

''Em São Vicente tremeu tudo'', diz Celso Acyr Alves''.