domingo, 14 de outubro de 2012

A (in)segurança pública do Estado de São Paulo.


A (in)segurança  pública do Estado de São Paulo
 

                Os últimos acontecimentos no Estado de São Paulo revelam toda ineficácia da política pública de segurança do Governo Estadual tucano. O grande número de mortes de policiais e jovens mostra que o estado perdeu o controle da questão da segurança.

                O depoimento da viúva do Sargento Marcelo Fukuhara demonstra o desespero das pessoas que tem parentes na polícia militar, e mais, apresenta uma denúncia da falta de condições de trabalho dos policiais. Para verificar isso basta visitar qualquer batalhão e verificar diversas viaturas e equipamentos quebrados por falta de manutenção. Na polícia civil a situação é ainda mais precária, prédios deteriorados, falta de pessoal, equipamento e uma polícia científica que trabalha na base da boa vontade dos seus funcionários. Muitas vezes os municípios assumem esses prédios e a manutenção dos mesmos, mas o que se verifica e o governo estadual cada vez mais ausente.

                Enquanto o Rio de Janeiro demonstra ter um plano para a Segurança Pública, o governo tucano patina, falta um plano de ação e o governo precisa começar a agir ao invés de reagir. Na Baixada Santista forem dezoito mortes para que a Secretária de Segurança Pública reforçasse o policiamento, mas falta um planejamento, uma ação coordenada para reverter essa situação.

                O Governo do Estado deveria lançar um plano de ação, que poderia ter o sugestivo nome de PAS (Plano de Atenção a Segurança) que desenvolveria diversas ações para reverter esse clima de insegurança. Aqui na Baixada Santista, a AGEM (Agência Metropolitana) poderia coordenar essa ação entre as Secretárias do Estado e os municípios, a ação deveria focar uma forte política de prevenção ao consumo de drogas, aumento do número de vagas para  tratamento e internação de usuários de drogas, usar os mapas da violência para aumentar as ações sociais, investir em políticas culturais e esportivas nas áreas mais violentas, melhorar a estrutura das polícias (militar e civil), enfim criar um conjunto de ações com metas e objetivos para reduzir a violência.

                Esse amplo plano deveria focar ações também para classe média e alta que tem muitos jovens que estão usando drogas ou mesmo propagando atos de violência, muitos motivados por intolerância racial ou sexual, não se pode achar que a violência é fruto exclusivo das áreas periféricas ou mesmo sua única causa é a exclusão social.

                Esse amplo plano para a segurança deveria incluir as instituições civis organizadas como parceiras,  igrejas, ONGs, prefeituras  enfim toda a sociedade, todos esperam que essa situação possa despertar o Governo do Estado e que ações sejam feitas de forma planejada, preventiva e organizada para combater a violência.

 

Fábio Oliveira Inácio formado em Ciências Sociais e Política pela UNICAMP, pós-graduado em Gestão Pública pela UNIRIO.

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